quinta-feira, 22 de maio de 2008

Já não sei o que fazer a tanta saudade...


Ontem fui ao cemitério. Não é um local onde vou muitas vezes, pelo contrário, é um lugar onde evito ir ao máximo porque me causa um mau estar que nem eu compreendo mas estava a precisar de lá ir. Lembro-me de em pequena ir lá bastante e gostar muito, até que um dia disse que não queria ir e deixaram de me levar. Ontem fui pôr um cravo vermelho na campa do meu bisavô e um cravo vermelho na campa da minha bisavó. O meu bisavô morreu à 3 anos, tem a campa arranjada e na lápide diz qualquer coisa como "Eterna saudade da esposa, do filho, da nora, das netas e da bisneta." e é bem certo que a saudade que sinto por ele é eterna e até ao dia em que eu morrer o hei-de ter na minha lembrança e no meu coração.
A minha bisavó morreu dia 1 de Janeiro deste ano e ainda não tem a campa arranjada nem lápide. É estranho olhar para um monte de terra e saber que a minha bisavó está lá em baixo, é dificil de conceber porque é algo tão recente e as memórias que tenho com ela são memórias recentes, com menos de um ano.
O engraçado é que deles me lembro mais dos promenores, como as mãos de cada um deles, a maneira como o meu bisavô sorria ou como tocava com os dedos na mesa, os abraços apertados da minha bisavó e aqueles beijos repenicados e muitas outras coisas. Tenho saudades deles.

A saudade é a memória do coração.

Sem comentários: